Sebrae cria protocolo de segurança para reabertura de lojas de rua e shoppings

Guilherme de Lima Campos

Guilherme de Lima Campos

As orientações do Sebrae para reabertura de lojas de rua e shoppings são baseadas em normas de instituições oficiais e visam auxiliar os pequenos negócios.

Depois de meses com portas fechadas, devido às medidas de contenção da Covid-19, muitas cidades já começam a flexibilizar o comércio de rua e o funcionamento dos shoppings centers.

Para ajudar os micro e pequenos negócios nessa retomada das atividades, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) criou protocolos com medidas de segurança para diversos segmentos de atuação. O varejo, um dos setores com maior representatividade em todo o país, reúne mais de 2,5 milhões de pequenos empreendimentos.

Os protocolos desenvolvidos pelo Sebrae para o comércio de rua e os shoppings são baseados nas instruções da Organização Mundial da Saúde (OMS), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Organização Pan Americana de Saúde (OPAS), Ministério da Economia, Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

Orientações aos lojistas

O Sebrae lembra que a primeira orientação para todos os lojistas é observar os decretos estaduais e municipais, que irão estabelecer as normas gerais e específicas de funcionamento para cada tipo de estabelecimento comercial.

Manter controles rígidos de higiene é fundamental. Muitos dos estudos sobre o novo coronavírus ainda estão em andamento e nem todos os protocolos de higiene e segurança foram confirmados e/ou declarados pelo Ministério da Saúde.

Nesse contexto, é de extrema importância acompanhar diariamente as atualizações voltadas para o varejo e implementar somente aquilo que estiver ofcialmente estabelecido.

Com a reabertura de lojas em geral, o primeiro cenário a ser observado é o ambiente de trabalho dos colaboradores. Uso de máscaras e disponibilização de álcool em gel faz parte do novo normal, e é compulsório a todas as lojas.

Para além disso, algumas modificações são sugeridas a fim de restringir ao máximo a possibilidade de contágio. É importante criar na empresa uma área de chegada para os profissionais com álcool em gel para higienização das mãos e medidas para higienização das solas do sapato, como um borrifador com álcool 70% ou tapete com desinfetante.

Oriente as pessoas a levarem a menor quantidade possível de objetos pessoais nas bolsas, que devem ser higienizadas e guardadas em local específico. Mesas, superfícies e objetos de trabalho devem ser higienizados com desinfetante de hora em hora. Quanto mais arejado o local de trabalho melhor, portanto se puder dispensar o uso do ar condicionado e abrir as janelas é melhor.

Mercadorias, estoques e caixa

O Sebrae orienta para que os lojistas planejem um espaço separado para recepção de mercadorias, estoques e outros insumos. Denomine esse espaço de área suja. Este ambiente deve ser limpo numa frequência maior e pelo menos duas vezes ao dia.

Imediatamente após a chegada de mercadorias, insumos ou mesmo recepção de fornecedores, proceda à limpeza e desinfecção de mercadorias.

Nos caixas de pagamento e balcões onde há contato com o público, instale telas de proteção de vidro ou acrílico, para que sejam higienizadas de hora em hora. Compre um termômetro digital e destine a um dos colaboradores a tarefa de verificar a temperatura de clientes, fornecedores e outros colaboradores que entrarem na loja.

Acesso à informação

Segundo o Sebrae, o foco seguinte do lojista deve ser a preocupação em criar uma rede de apoio aos colaboradores para que eles possam ter acesso às informações sobre a doença e assim, tornarem-se parte envolvida com a proteção de si mesmos, do restante da equipe e do público. Isso pode ser feito por meio compartilhamento de informações nos grupos de Whatsapp, distribuição de cartilhas informativas, intranet, ou qualquer meio de comunicação disponibilizado pela empresa.

Oriente sobre medidas de higiene básicas, reforce a limpeza de pontos de grande contato como corrimãos, banheiros, maçanetas, terminais de pagamento, elevadores, mesas, cadeiras, entre outros. Além disso, é importante designar uma pessoa da loja para verificar se as regras estão sendo seguidas, essa pessoa deve ser trocada de tempos em tempos.

Recepção de clientes

Em relação aos clientes, reduza em pelo menos 70% a capacidade de receber pessoas na loja para evitar aglomeração. Estimule o agendamento para atendimento aos clientes fixos com hora marcada.

Organize uma área de chegada para clientes disponibilizando álcool em gel para higienização das mãos e sinalize, com placas informativas, que seu estabelecimento comercial segue normas de higiene e segurança.

Na hora do pagamento, faça marcações no chão para que os clientes respeitem as normas de distanciamento de pelo menos 1,5m. As maquininhas de cartão devem ser envolvidas em papel filme e higienizadas com álcool em gel na frente do cliente. Evite transações em dinheiro. Por enquanto, não é o momento de realizar promoções, uso de cortesias ou outras ações de marketing que promovam um fluxo de pessoas na loja.

Dicas práticas para clientes

  • Realize o controle de entrada e saída dos clientes a fim de evitar aglomerações.
  • Informe aos clientes – tanto pelas suas mídias sociais, quanto por cartazes no ambiente da loja – que o seu estabelecimento é comprometido com as boas práticas e com a segurança, para que eles se sintam seguros.
  • Não é momento de oferecer serviços ou cortesias que prolonguem a permanência do cliente na loja ou aumentem a possibilidade de contágio, como áreas infantis, degustação de produtos, café, manobrista etc.

Fonte: https://www.contabeis.com.br/noticias/44280/sebrae-cria-protocolo-de-seguranca-para-reabertura-de-lojas-de-rua-e-shoppings/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+portalcontabeis+%28Contabeis.com.br+-+Not%C3%ADcias%2C+Artigos%2C+Legisla%C3%A7%C3%A3o%29